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Viúva da Mega-Sena permanece presa por falta de tornozeleira eletrônica

Três dias depois de ter a prisão revogada pela Justiça, Adriana Ferreira Almeida, a "Viúva da Mega-Sena", condenada pela morte do marido, Renné Senna, em 2007, ainda não deixou a cadeia pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Na decisão que determinou a liberação de Adriana, o juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, instituiu a prisão domiciliar e condicionou o benefício ao uso de um tornozeleira eletrônica, mas o equipamento está em falta desde que o Estado do Rio atrasou o pagamento à empresa responsável pelo fornecimento do monitoramento eletrônico. A dívida chega a R$ 5 milhões.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que Adriana Ferreira Almeida permanece na prisão uma vez que não há disponibilidade de tornozeleira eletrônica, conforme a determinação judicial. A Seap disse ainda que a situação está sendo comunicada à Justiça, e esclarece que para adquirir a tornozeleira o advogado dela deve entrar em contato com a empresa Spacecom.

No entanto, a empresa informou ao EXTRA que não faz a venda de equipamentos individualmente e também afirmou que não foi feito nenhum contato pela Seap para regulamentar como essa venda ocorreria.

Em novembro, o Estado do Rio aprovou uma lei que obriga os presos a comprarem os próprios dispositivos de monitoramento caso tenham a possibilidade de cumprir a pena em regime aberto ou semi aberto.

Condenação
Na semana passada, Adriana foi condenada pelo Tribunal do Júri de Rio Bonito a 20 anos de prisão. A promotoria apresentou documentos comprovando conversas telefônicas entre ela e Anderson Souza, condenado a 18 anos de prisão pela execução da vítima, de quem era segurança. A defesa recorreu e pediu que Adriana aguarde a análise do recurso fora da cadeia.

Crime
Ex-lavrador René Senna ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença, morava em Rio Bonito. Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda avaliada em R$ 9 milhões, junto com dois filhos do primeiro casamento.

No dia 7 de janeiro de 2007, Renné estava em um bar sem seguranças, próximo à sua fazenda, quando dois homens encapuzados chegaram numa moto e o carona atirou em Renné; ele morreu na hora.

A família luta na Justiça para conseguir a liberação de R$ 120 milhões retidos em uma conta da Caixa Econômica Federal. A quantia é pedida pela filha da vítima, Renata Senna.


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