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Carira: Amigos saem em defesa de professor suspeito de abuso

Na manhã desta quarta-feira, 14, o delegado de base do Sintese no município de Carira, Sergipe, professor Givaldo Costa, falou sobre a prisão do professor suspeito de abusar de alunas na sala de aula em uma escola da rede municipal de Pinhão.

A matéria foi mostrada pelo Portal Sistemavip no mês passado. De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, Luciana Pereira, o professor José Everton de Oliveira, de 28 anos, sentava as alunas no colo e acariciava as partes íntimas, forçava as crianças a pegar no pênis e chegou a ameaçar a vida das meninas e dos familiares, caso o fato fosse denunciado.

Apesar da investigação, amigos e professores constam o modo como o professor foi preso e afirmam que a única base usada pela polícia foi o depoimento das crianças. Para o delegado de base do Sintese, Givaldo Costa, que também é amigo do professor Everton, o caso precisa ser melhor esclarecido. Givaldo diz que antes da prisão, Everton chegou a conversar com ele e relatou a acusação de uma forma perplexa.

"Teve uma reunião no município de Pinhão, com a presença do secretário de educação e a diretora da escola onde eles informaram ao professor que ele estava sendo acusado sobre este fato, na hora ele disse que quase caiu para trás. Ele tentou conversar com o secretario, mas não conseguiu. Então, ele veio nos procurar e perguntou o que deveria fazer. Orientei que deveria ser construído um relatório e enviar cópia para a direção da escola, Ministério Público e Conselho Tutelar. Essa nossa conversa foi no sábado e a prisão ocorreu na terça, provavelmente não deu tempo para ele construir o relatório", observa.

Prisão


Givaldo Costa diz que a polícia esteve na casa do professor e obteve a informação, por meio da esposa, de que ele estava em um campo de futebol. "Todos ficaram surpresos com a prisão, que acredito ter acontecido de forma precipitada. Se ele cometeu este crime que pague, mas a prisão ocorreu somente com base nos relatos dessas meninas, não foram ouvidos diretores e professores. A delegada queimou uma séria de etapas. Repito, se ficar comprovado que ele fez, ele tem que pagar, mas se ele for inocente e se for uma armação?" questiona.

Perseguição

O professor Givaldo Costa explica que Everton relatou que acreditava em perseguição política. "Ele conversava comigo que sou delegado de base do sindicato e disse que era perseguição política. Em Pinhão os professores trabalham 160h e recebem por 125h, ou seja, dão cinco aulas gratuitamente. O professor Everton nunca ministrou as cinco aulas e foi o único a se rebelar, por isso acredito que tenha sido uma armação política em virtude dessa rebelião", fala.

Conduta

Givaldo Costa fala ainda sobre o excelente comportamento do professor. "Um professor casado, pai de uma criança de seis meses que nunca soubemos de nada que pudesse falar contra a conduta dele. Outra questão é que pelo que foi falado nos jornais e sites não existe condição desse tipo de situação ocorrer em sala de aula porque a porta estava sempre aberta por conta do calor, e nessa idade os adolescentes não são quietos para ficar calados. Além do mais nessa escola a diretoria estava atendendo no pátio em uma sala que fica na frente da sala onde o professor dava aula", argumenta.

Familiares

O professor Givaldo fala ainda que os pais do professor estão com a saúde comprometida após a prisão do filho. "O pai teve um derrame cerebral e a mãe não consegue nem levantar da cama", conta.

Sistema Vip
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